segunda-feira, 4 de março de 2019

Arte Gaviões e Corinthians



 Os artistas...Ah os artistas…
Vamos começar separando o Corinthians da Gaviões ok.
A Gaviões da Fiel merece todo o mérito por sua história mas, que se saiba que é uma torcida organizada do Corinthians e não O CORINTHIANS.
Não contrata jogadores, não decide campeonato, não fala por todos os torcedores do Corinthians e, principalmente, não representa o time do Corinthians em suas ações.
O Corinthians é um time que agrega MUITOS TORCEDORES e nem todos são da Gaviões.
Dito isto, quanto ao ocorrido neste carnaval, cabe ponderar.
É certo que estamos em um momento de extrema falta de bom senso.
Seja para lidar com temas delicados, seja para responder à expectativas de massa, seja para simplesmente praticar a empatia.
A arte sempre será um veículo transgressor, porém, o artista deveria ser um leitor social.
Um interpretador de momentos e um repositor do imaginário coletivo.
Essa falta de sensibilidade para ler e interpretar o próprio momento histórico em que se encontra, deságua em ações desastrosas nas quais nem a arte nem a sociedade ganham.
Hoje o artista confunde o impacto com a ofensa rasa.
O ofendido nunca entenderá a obra, nem se transformará com ela, pois, ali, não encontra arte, encontra apenas a ofensa.
Não adianta chamar o receptor de ignorante quando você próprio se confunde com a mensagem que pretendia passar.
Errou o tom do quadro, errou as cores, errou o discurso.
Como Nero, colocou fogo na cidade, criou o caos e justificou chamando de arte.
Os mortos de seu insano incêndio chamou de ignorantes, mas foi tu que não soube dizer e não eles que não souberam ouvir.
Não importa a santidade que querias invocar, ficou claro que eras menor que o tema que desejavas debater.
Se querias dizer outra coisa, não disses.
Se queria ofender com a arte, acabou ofendendo tão somente a arte.
Mas sempre haverá outro carnaval e outra oportunidade de fazer melhor.
Melhoremos

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