sábado, 24 de fevereiro de 2018

Os dois Cristos de Pantera Negra Jornada do Herói e Conflito Messiânico

Os dois Cristos de Pantera Negra
Jornada do Herói e Conflito Messiânico.

“João 11:1 - Ele veio para o que era seu, mas os seus não o receberam”

Ele saiu de sua terra com seu pai ainda menino e se educou em terras distantes. Se tornou um sábio em todas as ciências e tradições e retornou a sua terra iniciando uma pregação que traria o tempo da graça não apenas para seu povo, mas todos os gentios.

Esse é o arco do nosso anti herói Erik Killmonger. Poderia ser o arco de Cristo, não aquele que conhecemos e adoramos como nosso salvador e redentor, mas o guerreiro vingador aguardado pelos hebreus, que viria (ou virá) como vingador e colocará Israel no comando do mundo.

Neste aspecto a Narrativa que conta a luta pelo governo de Wakanda não trabalha com sutilezas, o recado é gritante: Um chamado da diáspora Africana para que se coloquem em posição de guerra e retomem a liderança sobre as nações do mundo.
O Messias que retorna com a espada.
No seu caminho há um obstáculo. O já consolidado Rei. Aquele que senta ao trono sob a bênção do Pai.
Sim, novamente o Cristo. Mas esse o nosso conhecido Messias do amor. Aquele que no inicio é relutante quanto à uma abertura (“Não vim para revogar a lei, mas para que em mim ela se cumpra)
T’chala, tem sua jornada iniciada com o ato do perdão, quando poupa a vida de seu oponente na disputa ao trono. O Chefe Goriila não morre mas vive isolado com os seus em local distante no reino. sempre a espreitar e cobiçar o trono de Wakanda.

Quando esses dois Messias se encontram prevalece a espada, já que a espada sempre se dará melhor com a vingança do que com o amor.

Mas o amor tem uma arma insuperável: A ressurreição!

T’chala desceu à mansão dos mortos e ressuscitou para cumprir sua jornada. O amor é  aquele que se entrega, que nega a si mesmo em nome da humanidade. Mas na saga de Wakanda, regida pela caneta da Marvel, há uma saída malandra para que não se crucifique o Rei.

O sacrifício é destinado ao Cristo Vingador e seu sangue derramado inspira T’chala a abrir uma porta de salvação para os gentios.

Agora aquele que não nasceu em Wakanda, o povo escolhido e separado por um meteoro, pode usufruir da graça e prosperidade que este poder trouxe.

Mas ninguém vai ao pai senão pelo nome do filho.

Ninguém chega à Wakanda sem ser súdito do Rei Pantera.

Qual será o preço cobrado por quem ousa ser um messias vivo?
Isso só pertence à Marvel.

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